segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MACHADO DE ASSIS – MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado em 1881 por Machado de Assis, que inaugura o realismo nas letras brasileiras. A partir dessa obra ele se revela um arguto observador e analista psicológico dos personagens. O ritmo da obra é lento, com várias digressões e narrado de maneira irreverente e irônica por um "defunto autor". Brás Cubas, por estar morto, se exime de qualquer compromisso com a sociedade, estando livre para criticá-la e revelar as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu.
ž A história é narrada por Brás Cubas, um defunto autor que após narrar sua morte e funeral começa a contar a sua vida. Conta a infância, as travessuras, o primeiro namoro com Marcela (interesseira e bela, fica pobre e feia), um namoro com Eugênia (que acaba pobre) e mais tarde seu noivado com Virgília. Como Virgília casa com outro eles mais tarde se tornam amantes. O romance era ajudado por Dona Plácida (que também morre pobre) e acaba quando esta vai para o Norte com o marido. Conta então seu reencontro com o amigo Quincas Borba (primeiro na miséria, depois rico, depois miserável e louco), que lhe expõem sua filosofia, o Humanitismo. Cubas passa seguir o Humanitismo. Já deputado, não se reelege ou se torna ministro e funda um jornal de oposição baseado no Humanitismo. Mais velho se volta para a caridade e morre logo após criar um emplasto que curaria a hipocondria e lhe traria fama.
ž Brás Cubas - narrador, morto aos 64 anos, ainda próspero e rijo, fidalgo.
ž Marcela - segundo grande amor de Brás Cubas, uma prostituta de elite, cujo amor por Brás duraria quinze meses e onze contos de réis.
ž Virgília - filha do comendador Dutra, segundo o pai de Brás, Bento Cubas, a Ursa Maior amante de Brás Cubas; casa-se com Lobo Neves por interesse.
ž Quincas Borba - menino terrível que dava tombos no paciente professor Barata, colega de escola de Brás que o encontrará mais tarde, mendigo, que rouba-lhe um relógio mas retorna-o ao colega após receber uma herança. Desenvolve a filosofia do humanismo: ao vencedor, as batatas; ao vencido, ódio ou compaixão.
ž Eugênia - filha de Eusébia e Vilaça, menina bela, embora manca.
ž Nhá Loló - moça simplória; tinha dotes de soprano; morre de febre amarela.
ž Cotrim - casado com Sabina, irmã de Brás; ambos interesseiros.
ž Nhonhô - filho de Virgília.
ž D. Plácida - empregada de Virgília; confidente e protetora de sua relação extra conjungal.
ž Lobo Neves - casado com Virgília; homem frio e calculista.
MAÍSA COSTA / YURI SANCHES – 1. EM

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