quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O navio negreiro - Castro Alves

Antônio Frederico Castro Alves
Nasceu em 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, em Curralinho,hoje Castro Alves,na Bahia. E faleceu em 6 julho de 1871, aos 24 anos.
O poeta dos escravos
Foi o principal e mais popular representante do estilo romântico que predominou na poesia brasileira entre 1850 e 1870. Estilo que foi denominado Condoreiro pelo poeta e historiador Capistrano de Abreu.
O condoreirismo
É caracterizado por uma poesia retórica,em que se destacam os temas sociais e políticos, principalmente a defesa da Abolição da escravatura e a apologia da república.
O Navio Negreiro
No poema retrata o horror da vida dos escravos,nos navios negreiros que o traziam para o Brasil.
No autor conta a história dos escravos como se fosse um telespectador, que assistira tudo de uma águia,chamada albatroz que voa alto e percorre grandes distancias sem esforço.
“ Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormindo à-toa, Sob a tenda da amplidão...Hoje o porão negro,fundo,infecto,apertado,imundo,tendo a peste por jaguar...” (5º parte)
Neste trecho, ele visualiza desde da captura desses negros até a chegada ao seu cativeiro,suas vidas antes de serem capturados, mostra que eles também tinham sonhos, e eram felizes, e da indignação de serem tratados como animais sem a minima dignidade.
Castro Alves faz com que o leitor tenha a impressão que esta viajando junto com o albatroz e visualizar a alma dos negros que foram tão maltratados neste navio, e nos faz ver o quão nossa pátria foi injusta com os negros, tirados de seu pais, de sua família, para serem explorados em um lugar desconhecido, o Brasil.
O poema “O Navio Negreiro” é composto de 6 partes, e retrata a vida dos escravos de Serra Leoa, foi escrito no ano de 1869, quando o autor tinha 22 anos de idade, foi declamado pela primeira vez no dia 7 de setembro de 1868, numa comemoração da Independência do Brasil.

Créditos
Anna Clara Rodrigues nº 31
Rafael Braiani nº 30
Fonte
Livro , Espumas Flutuantes
Foto: wikipédia

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